Poema do PAPAI homenageando Carlos: “BACU-CUIÚ-CUIÚ” (18Jan74)_#336#

 

O “Bacu-cuiú-cuiú”

 

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Apresentação do Poema

(Texto do áudio do Papai falando)

Em homenagem a você (Carlos) por ter passado no vestibular, nesta data de 18 de janeiro de 1974, vai aqui um presente de regozijo: este poema intitulado Bacú-cuiú-cuiú dividido em duas partes. A primeira é uma apresentação (espécie de introdução); e a segunda, o poema propriamente dito.

(Apresentação)

Abramos uma página da História Sagrada para interessar também a outros irmãos. É na história da Criação. No quinto dia Deus criou os peixes; no sexto dia os animais. Nesse mesmo dia criou também o homem: uma centelha do Seu poder, para dominar sobre os peixes e sobre os animais. Enfim, com poder sobre todas as coisas, podendo devassar o mundo e tudo ao seu alcance. Mas volvemos às criaturas criadas. Há um peixe das famílias dos dourados - por sinal, muito voraz - que saindo do mar, corre pela areia nas noites enluaradas: é o Bacú-cuiú-cuiú.
Por outro lado, existe uma ave muito linda, em alguns lugares conhecida por Catú, que só se aninha e nidifica ao cantochão do bando sob os galanteios do companheiro. Esta descoberta custou caro aos cientistas mas deve ter valido a pena. Acho-a espetacular. Demos graças a Deus.

(O poema.)

Tem o esqueleto ósseo da família,
desses doradílhos, um tuiú
o peixe Bacú-cuiú-cuiú
Ensina os cientistas /.../
Os estaciformes , o bacú ,
é a ave de plumagem “ verditilha ”
Estudiosos fazem-lhe homilias,
caçadores trocam por catú .
Uma estapafúrdia descoberta
revolucionou – questão aberta! -
o campo da ciência pesquisante:
O peixe ao luar corre no chão
A ave nidifica ao cantochão
Mas ele é voraz, ela é galante. “

(Pedro M da Silva – 1973)